Quais são as principais características da observação participante?
A obra Participant Observation in the Era of “Ethnography” de Herbert J. Gans faz referência às vantagens do método da observação participante segundo o autor. “Perhaps even more important, PO could supply empirical findings about little know or stereotyped populations, particularly those outside the mainstream” (Gans, 1999)
A grande vantagem desta técnica é o facto de termos acesso à forma de vida da população e assim tentar compreender o mundo social que nos rodeia. Para isso, é importante perceber como é que as pessoas vivem, daí a necessidade de haver contacto com elas. Este método vem acabar com os estereótipos e mostrar que a sociedade é mais complexa do que parece.
Segundo Gans este método é “o” mais científico já que é o único que estabelece uma aproximação real com as pessoas. Ao contrário dos outros métodos empíricos, este permite saber o que realmente estas pessoas fazem e não apenas o que dizem fazer. Todo o processo da observação participante é demoroso e cansativo. Normalmente é necessário alguns anos para concluir a investigação resultando em custos financeiros elevados. É fundamental que o investigador esteja muito organizado e preparado para o trabalho de campo. Nos dias de hoje esta técnica é normalmente utilizada para compreender e arranjar forma de diminuir os riscos de contrair certas doenças, tais como, as doenças transmissíveis sexualmente.
A observação participante e a etnografia foram evoluindo ao longo do tempo. Numa era de pós-modernismo este método passou a ser chamado de etnografia. Na actualidade a etnografia já inclui ou não elementos empíricos. As questões de pós-modernismos têm a ver com o facto de os investigadores olharem para as suas investigações numa perspectiva construcionista (minha realidade/e as dos outros).
Concluindo é essencial estar a par dos diferentes técnicas de investigação social e tentar compreender quais são as mais adequadas para o