Deficiencia mental
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Durante longos milénios, a educação – que como processo de interacção social e socialização, sempre existiu – realizou-se quase sempre fora da escola. A família, a tribo ou o clã, as igrejas, a profissão e o meio social em geral assumiram a função de educar os jovens para a vida social. (Sousa Fernandes, 1991)
1 – INTRODUÇÃO No decorrer da existência humana, a perspectiva social em relação aos portadores de deficiências, nem sempre foi a mesma, sofrendo alterações paralelamente à evolução das necessidades do ser humano e à própria organização das sociedades. Segundo Jimenez (1997), a evolução conceptual da deficiência, pode dividir-se em três épocas: a primeira considerada pré-histórica e que engloba as sociedades primitivas e se prolonga até à Idade Média; a segunda, em que emerge a ideia de que os deficientes são pessoas a quem é preciso prestar assistência; e finalmente a terceira,
Psicóloga do Colégio da Imaculada Conceição – Viseu e Professora da Escola Superior de Saúde e da Escola Superior de Educação do Instituto Superior Politécnico de Viseu. ∗∗ Professora da Escola Superior de Saúde do Instituto Superior Politécnico de Viseu
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corresponde a época actual, onde o conceito de Deficiência se desenvolve perspectivado em função de uma sociedade, que ideologicamente se afirma como sendo inclusiva. Nesta óptica, é importante salientar uma evolução conceptual de deficiência, entendida como uma construção subjectiva ao invés de uma realidade objectiva, decorrendo do facto, dos indivíduos se inserirem em contextos e sistemas ideo-políticos em que determinadas realidades podem ser consideradas ou não como desvios. Na opinião de Fernandes (2002, p.33): (...) os conceitos de norma e normalidade, são socialmente estabelecidos pela maioria