Femme fragile
Palavras-chave: Narcisismo, Femme-Fragile, Duplo, Psicanálise
O ARQUÉTIPO DA FEMME FRAGILE E O NARCISISMO MEGALOMANÍACO EM FLORA E NATIVIDADE DE “ESAÚ E JACO”
“...De um livro de Machado de Assis não se deve dizer apenas que é bom, porque fôra supérfluo; nem dizer que é banal ou ruim, para não negar a luz do sol. Que hei de affirmar então deste último livro, Esaú e Jacob ?” “...A língua já não me ajuda a traduzir meu pensamento sobre a feitura e as idéias do livro; menos ainda as sensações que me produziram no correr das páginas1..”
“...A estatueta de Narciso, no meio do jardim, sorriu a entrada deles2...”
I - Flora
“Ange de poésie, ô vierge blanche et blonde3...”
Na literatura européia do final do século XIX encontra-se com freqüência um tipo de figura feminina caracterizado exteriormente pela suavidade, beleza, alvura, quase transparência. Trata-se de um ser frágil, lânguido, melancólico, doentio, necessitado de repouso e com a força de vontade um tanto paralisada, incapaz para a vida e vindo geralmente a sucumbir a ela: uma figura diáfana, etérea, em relação à qual igualmente não