Scruton roger
Scruton nasceu em 1944 na Inglaterra. É um filósofo reconhecido, graduado e professor na Universidade de Cambridge. É um activista político, fundador do grupo conservador de filosofia. Escreveu inúmeras obras que contribuíram em várias áreas de conhecimento. Vive actualmente numa zona rural onde criou uma quinta para animais. Pretendo fazer uma síntese das ideias principais deste artigo, completa-las com argumentos de outros autores como também contrasta-las com outras teorias. No final pretendo uma apreciação pessoal. Scruton distingue o ser humano do animal por: racionalidade; autoconsciência; experiência moral, estética e religiosa; riso; canto, sofrimento; indignação e o relacionamento especial entre humanos. Estes tendo critérios mais elevados. Explicita que fazemos parte de uma comunidade moral pautada por conceitos de direito e dever na qual cada um é dono de si e das suas acções. Segundo o autor quando se trata de questões éticas tendemos a marginalizar aquilo que nos distingue dos animais, a saber, a auto-crítica e a consciência do estado de criatura. Explica que perante um cadáver humano sentimos temor, respeito e ansiedade e que estes são partes da piedade. (cf. Scruton, O Credo dos Carnívoros, p.13). A piedade pertence ao psíquico e este desenrola um papel fundamental e essencial. Estes sentimentos fazem parte dos seres autoconsciêntes. A piedade tem vestígios na antiguidade, é um sentimento do dever, “é uma consequência irracional do ser racional”. (Scruton, 2006: 14). Por sermos seres morais o acto de comer tem um significado diferente e remete para uma prática social sendo a essência da hospitalidade. (cf. Scruton, O Credo dos carnívoros, p.14). A modificação dos costumes leva à perca de valor da hospitalidade o que consequentemente distorcia a distinção entre comer e alimentar-se. O autor explica que alguns escolhem